15 de abril de 2020

DIÁRIO DE UM TEMPO DE MEDO XXXIV

Agora que o terceiro período começou e, com ele, as aulas, deveria ter recomeçado a rotina, mas não.
Se há coisa que não existe nestes tempos de pandemia e de pandemónio, é rotina.
Aulas por videocoferência, aprendizagem para lidar com a nova plataforma. 
Criação de conteúdos para os alunos trabalharem online, através do Quizizz, formulários Teams, escola virtual, aula digital...
Receção de trabalhos de alunos, pelo Teams, por email, pelo messenger.
Dúvidas a tirar aos alunos pelo Teams, por email, pelo messenger, pelo telemóvel.
Novos recursos didáticos: aprendizagem/formação pelo Zoom, pelo Hangout, pelo Youtube, pelo Google...
Apoio aos colegas/turmas, como professora bibliotecária, pelo blogue, pelo Facebook, pelo Instagram, pelo Padlet..
Catalogação no GIB.
Tenho a cabeça cozida de tanta tecnologia!!!

E, hoje, uma notícia menos boa para a Literatura: morreu o escritor brasileiro Rubem Fonseca, de ataque cardíaco, aos 94 anos, um dos vencedores do Prémio Camões (2003). O último livro dele, publicado em 2018, Carne crua, foi o último livro dele que li. Um livro de contos marcante, desconcertante, onde o autor revela a verdadeira arte de usar as palavras como arma que deixam os sentimentos e as sensações em "carne viva". Um livro cru onde se encontram assassinatos, traições, muita injustiça social. Mas, também por lá andam, de mãos dadas, o amor e a poesia.


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