10 de abril de 2020

DIÁRIO DE UM TEMPO DE MEDO XXIX

Para o mundo católico, hoje é dia de abstinência de carne. Fui educada a cumprir esta exigência da Igreja Católica, mas não entendo o conceito. 
Há muito que não o cumpro. Não me faz sentido. Se a ideia é fazer sacrifício, para mim, não comer carne não é sacrifício algum. 
Se vivesse sozinha e tivesse de cozinhar só para mim, seria vegetariana. Com família que não abdica da carne, fico sem opção, pois não há tempo, nem paciência, para fazer dois pratos.
Mas, voltemos ao dia de hoje. Não vou comer carne! Não porque é uma imposição da Igreja. Não porque não tenha carne em casa para cozinhar. Simplesmente porque não me apetece.
A abstinência, hoje, é outra. Essa, sim, um sacrifício. Triste. Dolorosa. Medonha. E, o pior, é que não é de hoje, já dura há um mês. A abstinência dos abraços.



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