11 de abril de 2020

DIÁRIO DE UM TEMPO DE MEDO XXX

Sábado de Páscoa. Não foi o sábado de Páscoa habitual.
Não houve as combinações com as irmãs sobre o que cada uma faz para levar para a festa em casa da mãe.
Não houve o bolo ninho de Páscoa decorado com ovos de chocolate e pintainhos.
Não houve sobremesa de colher, nem regueifa da Páscoa.
Não houve ovos de chocolate para oferecer.
Não houve flores nas jarras a lembrar a primavera.

Apenas um cheirinho a Páscoa no pão de ló que espera o momento de ser aberto e saboreado. Não terá o mesmo sabor, pois o dia de amanhã não será passado numa casa cheia de gente, de conversas e de barulho a transbordar alegria. Será um domingo como tantos outros. Com uma diferença: o vírus continua à solta. 

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