18 de setembro de 2014

14 de setembro de 2014

MISÉRIA, NEM VÊ-LA!

Mais um desafio da Margarida Fonseca Santos. Desta vez, é a história de Ludmila Faneca, filha de um pescador e de uma peixeira, que vingou no mundo do tratamento de unhas.  Mas, há mais: o texto tem de conter cinco palavras obrigatórias (no meu texto, a negrito).

Mena peixeira e Álvaro pescador são o casal mais querido da pobre vila piscatória. O mesmo não se pode dizer da filha, Ludmila Faneca. 
Uma canastra, despojada das sardinhas, serviu-lhe de berço. O casebre, iluminado apenas por ténue lamparina, encavacava-a. Vaidosa, de temperamento duro como cimento, cedo afrontou o estafermo da pobreza e partiu. Cozinhou a vida em França onde tirou o curso de manicure, em regime de part-time. Trabalhou em full-time e clientela nunca lhe faltou.

7 de setembro de 2014

PONTOS FINAIS

Desafio nº73 da Margarida Fonseca Santos: escrever um texto, com um mínimo de sete frases, usando, alternadamente, as palavras sabendo e depois.


Há pontos finais que fazem doer. Colocou um, sabendo que iria sair magoada, e avançou com a decisão. Entregou o papel da rescisão, depois suspirou. Mesmo sabendo que esse suspiro não vinha revestido de alívio! Depois, entregou-se ao vazio. Sabendo que teria de o preencher, estancou lágrimas. Apercebeu-se, depois, que o céu fica azul quando as nuvens se vão. Sabendo o que a vida tanto lhe ensinou e que há reticências que soltam sorrisos, apoderou-se do futuro.