16 de março de 2020

DIÁRIO DE UM TEMPO DE MEDO - IV

Primeiro dia de uma semana sem escola. Primeiro dia de trabalho domiciliário. Terceiro dia de clausura.
7h15 da manhã e já estou a pé. Felizmente os canais de cinema existem para amparar insónias. 
Isabelle Hupert despertou-me para o dia. 
Manhã inteira com trabalho de catalogação. O telemóvel requer atenção constante. Chegam notificações do Facebook, Whatsapp, Messenger e Instagram. Difícil concentrar para trabalhar. 
Reunião de departamento por email. Há assuntos a resolver e a avaliação dos alunos, que teria de ser feita dentro de 15 dias, está comprometida. 
Tomara eu que o problema do mundo atual fosse a avaliação dos alunos! Estaríamos todos bem mais sossegados! Neste contexto, a avaliação é o último dos problemas. Aliás, nem chega a ser problema!
E a catalogação prolonga-se durante a tarde. Até à hora de um tempo de pilates caseiro. Vivam as tecnologias! O ginásio tem publicado vídeos onde os instrutores  mostram os músculos em corpos fitness e explicam os exercícios a fazer em casa. A bem da sanidade mental. E do corpinho que se irá ressentir de tanta hora na cadeira. Apenas os dedos se exercitam a dar pancada no teclado.
Hora de jantar. Hora do tricô. E de mais um filme.
Amanhã, vai ser preciso sair para fazer compras!

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