Estou só no mundo desde ontem. Morreste-me no momento em que decidiste viver no longe. Ontem, o sol escondeu-se. Como se um míssil tivesse explodido e destruído o indestrutível.
Que vento perverso se intrometeu entre nós e rompeu o nó?
Que espero eu, neste sítio onde nos vimos e conhecemos e prometemos e decidimos e…?
O universo ficou oco. Deserto. Eu no meio. Só.
Fugi. Fechei o meu mundo e levei um enorme inverno nos olhos plúmbeos.
desafio nº37 da Margarida Fonseca Santos: escrever sem a letra A.
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