Pobre passarito abandonado na árvore nua.
Pousado sobre o ramo mais alto, espera o epílogo das suas aventuras. Sabe que a primavera está, ainda, no leito do inverno, abnegada e lânguida. Dona do tempo, nada a arrelia. Nem mesmo chegar atrasada. Virá quando quiser ou o inverno a desabraçar. E o passarito, perdido e sem voz, espreita-a.Árvore solitária, envergonhada da nudez; pássaro silencioso. Duas solidões, caladas e pacientes, esperam que se abra a porta do tempo.
desafio nº38 da Margarida Fonseca Santos:
- escrever uma frase que tenha entre 5 e 8 palavras.
- dividir as letras duas a duas, independentemente de fazerem ou não parte da mesma palavra!
- distribui-las noutras palavras, ao longo do texto.
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