29 de junho de 2013

QUANDO A INDIGÊNCIA NOS CAI AO LADO

"Faça o que puder, com o que tem, onde estiver." Theodore Roosevelt 

Hoje, provei um Porto de vários sabores. Consumi Porto durante os quatro anos que duraram o curso na Faculdade de Letras. E o Porto ficou ferrado cá dentro. Fundo. 
Muitos anos se passaram desde então. Já não passeava a baixa desta cidade há imenso tempo e, hoje, voltei. A tarde convidava a calcorreá-la e, depois de um inverno rigoroso, foi como se tivesse acordado estremunhada nas suas ruas, ladeadas de esplanadas cheias de gente a abraçar o sol que, desde manhã cedo, desabou sobre a cidade. Em quase todos os cafés, cartazes apregoavam a gulosa francesinha. Descobri que Santa Catarina continua com o seu ar cosmopolita de que me lembrava. E tudo à sua volta se mantinha. As mesmas lojas, as mesmas montras. Os mesmos carris a sulcar as ruas, agora sem elétricos.
E a saudade de tempos tão felizes deu lugar à surpresa. Distraída à procura de vestígios de alguma mudança, caiu-me ao lado a indigência. 
(...)
Continua, in Os dias são assim

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