Era assim desde que aquele rapaz decidira transformar-se no terror da escola. Todos fugiam quando ele aparecia. Ninguém queria vê-lo, brincar ou conversar com ele.
Como não gostava de ninguém, esquecera-se do que era receber uma carícia, um beijo, uma festa nos cabelos, um segredo. E ninguém fazia questão de o lembrar.
Um dia, um cãozinho tão rafeiro como ele aproximou-se, enroscou-se-lhe nas pernas, lambeu-lhe as mãos…
No chão, ficou um coração de pedra desfeito em cacos.
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