14 de fevereiro de 2020

DIGO AMOR E JÁ NÃO CORO

Digo amor e já não coro.
Corava quando me corrias atrás.
Agora, envelheço.
Olho-me (malfadado espelho!!!). Assusto-me.
Mas já não coro.
As manhãs despreocupadas desapareceram.
Hoje, a alma dói.
Primavera partida. Inverno chegado.
E faz frio.
Transportámos tantos sonhos. Esfumaram-se...
Impossível manter-te ao meu lado, agora que já não coro.
Outros caminhos levaram-te.
Eu fiquei. Aqui. Sem cor.

(3º lugar "Poesia na corda", S, João da Madeira, março 2018)





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