Normalmente não ficava nenhum papel no chão dos escritórios que limpava. Naquele dia, um papel amarrotado com violência e atirado para o caixote deixara-se cair irreverentemente na carpete.
Seria um sinal? Ficou a olhar o papel amarfanhado e espezinhado, metáfora da sua vida. Tal como ele, sentia-se atirada ao lixo sempre que o marido se zangava com o mundo.
Não voltaria a casa!!!!
Foi com o corpo amachucado, mas de coração desenrugado, que entrou na nova vida.
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