Domingo triste. A chuva espreitava por entre os vitrais da igreja cobrindo-os de pequenas gotas, pérolas vindas de longe, há muito esperadas.
Eva ajoelhou-se e, depois de rezar a primeira Ave-maria, parou de acariciar o rosário. Era demasiado religiosa para ter dúvidas mas, naquele momento, tudo estava em causa. A reviravolta na sua vida e a enorme raiva que sentia provocaram demasiados conflitos interiores e vacilaram a sua fé.
Agarrada à aliança, chorou e não mais rezou.
(nova participação no desafio nº17 da Margarida Fonseca Santos, publicado em 77palavras)
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