13 de abril de 2020

DIÁRIO DE UM TEMPO DE MEDO XXXII

Ontem, dia de Páscoa, houve confinamento concelhio, não eram permitidas saídas para fora do concelho de residência. É evidente que o tradicional compasso de Páscoa não saiu e as cruzes não entraram nas casas das famílias católicas.
Não obstante, numa terreola de Barcelos, em Martim, alguém decidiu vir para a rua com a cruz para ser beijada. E não faltaram fiéis a fazê-lo, sem qualquer medida de proteção, violando descaradamente as regras de afastamento social. 
E em Vermoim, Vila Nova de Famalicão, um grupo de fiéis fez um lanche pascal numa mesa montada na na rua, para confraternização.
Até onde vai a fé? Até onde vai a estupidez?  Que fiéis são estes, infiéis às regras, ao bom senso, à proteção individual e coletiva?
As pessoas não estão suficientemente alertadas para o contágio? As imagens de sepulturas, por esse mundo fora, não as choca? A fé dá-lhes imunidade? 
Para estas pessoas, só com um pano encharcado nas trombas! A ver se aprendem!

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