23 de abril de 2020

DIÁRIO DE UM TEMPO DE MEDO XLI

Com o passar dos dias, e tantos já passaram desde que foi declarado o estado de emergência em Portugal, é normal sentir um cansaço, até dos próprios pensamentos e, sobretudo, dos medos e das incertezas. 
O mundo está menos físico e mais virtual. E mais incerto. E mais precário. E não está mais meigo. Parece que as pessoas estão a perder o hábito dos afetos e que o ditado "longe da vista, longe do coração" começa a fazer sentido.  O longe começa a arrefecer as relações. Parece.
Felizmente, há algo dentro de nós que nos chama e nos faz ver uma outra luz, nos dá um alento, uma força que faz empurrar qualquer ideia mais negativa que tanto cansaço traz.

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