Hoje é o Dia Mundial da Dança. Dançar para esquecer. Vou.
29 de abril de 2020
DIÁRIO DE UM TEMPO DE MEDO XLV
Hoje é o Dia Mundial da Dança. Dançar para esquecer. Vou.
26 de abril de 2020
DIÁRIO DE UM TEMPO DE MEDO XLIV
Em casa, também não se falava disso, apesar de algumas tentativas. Havia um disco de Zeca Afonso que o meu pai nos proibiu de ouvir. Porquê? Veio uma resposta lacónica.
25 de abril de 2020
DIÁRIO DE UM TEMPO DE MEDO XLIII
A liberdade foi uma conquista. E isso não pode ser ignorado. Nunca!
24 de abril de 2020
DIÁRIO DE UM TEMPO DE MEDO XLII
É ABRIL, TEMPO DE CRAVOS E DE LIBERDADE
ilustração de Helena Veloso, in Do cinzento ao azul celeste
É
abril e lá fora cheira a cravos. Dos que vivem nos canteiros e que, este ano,
não serão cortados para servirem de estandarte nas comemorações da liberdade.
É
abril e cá dentro cheira a cravos. Dos que vivem nos livros e, misturados com
as palavras que ilustram, gritam liberdade.
Esse
grito, este ano, não se ouvirá nas ruas, nas praças, só nos livros que lermos.
É
abril, um mês que guarda dentro de si dois dias especiais que convidam à
leitura. O dia Internacional do Livro Infantil e o Dia Mundial do Livro,
respetivamente dia 2 e dia 23.
Urge,
então, promover a leitura, falar de livros, dá-los a conhecer e a ler. E, sendo
abril o mês do livro e o mês da liberdade, convoco, neste meu humilde texto, a
boa literatura sobre este tema. Falar de literatura é partilhá-la e dar forma a
tudo o que os livros nos fazem sentir e pensar.
Muitos
escritores escolheram "Abril" como tema das suas estórias, um mês cheio
de luz e de cores, um mês cheio de significados. E, no contexto da literatura
para crianças e jovens em Portugal, são muitas as obras cujo tema é a Revolução
de Abril de 1974. As primeiras edições surgem no final da década de setenta e,
desde então, continuam a ser reinventadas novas estórias. Para que a memória
não se apague, nunca.
Então,
deixo a minha partilha, contando uma estória com os títulos que tanto me
encantam e que moram nas minhas estantes, livros onde os cravos se espalham
pelas páginas e perfumam as palavras com o seu odor a liberdade.
Romance
do 25 de abril
Era uma vez um cravo que nasceu para transformar as
armas em jarras coloridas e impedir que delas saíssem balas.
Esta é, então, a história
de uma flor. A flor de abril trouxe a magia do luar e todos os anos
faz uma viagem à flor do mês. A ornar a lapela do casaco do rapaz da
bicicleta azul, não deixa esquecer os heróis, os destemidos capitães de
abril que fizeram a revolução das letras e aniquilaram o ladrão
de palavras que nos roubou o tesouro mais precioso e foi corrido à vassourinha,
num dia de sol. Um dia que libertou dos combates, dos medos e da morte aqueles que se
encontravam, lá longe onde o sol castiga mais.
E são muitas as estórias
desse dia. 7 x 25 a sete vozes. Tantas estórias da liberdade são
contadas neste país que deixou a felicidade entrar e mudou de cor passando do
cinzento ao azul celeste.
E só quem viveu plenamente
este dia poderá contar esta fábula dos feijões cinzentos com toda a
emoção.
25 de abril, quase como um conto de fadas. Sempre.
Chegando a estória ao fim, e em tempo de isolamento social, fica um
desafio para ajudar a passar o tempo: descobrir os autores destes títulos,
procurar os livros e usufruir de boas leituras. E assim se vão contando os fios
que tecem a História.
texto publicado na revista online "A casa do João"
23 de abril de 2020
DIÁRIO DE UM TEMPO DE MEDO XLI
21 de abril de 2020
DIÁRIO DE UM TEMPO DE MEDO XL
20 de abril de 2020
DIÁRIO DE UM TEMPO DE MEDO XXXIX
Há quem defenda que o mundo, depois desta pandemia, vai mudar e ficar melhor. E que tudo vai ficar bem. Nunca tive essa esperança.
19 de abril de 2020
DIÁRIO DE UM TEMPO DE MEDO XXXVIII
Hoje saí apenas para dar uma caminhada à volta do quarteirão. Nada que seja proibido ou que seja uma forma de me pôr em perigo ou de pôr alguém em perigo. Mas lá vêm os remorsos. A sensação boa de ter o sol a inundar o rosto, parece um crime! Ainda por cima, passa um carro com um altifalante a vociferar "FIQUE EM CASA"! Pronto! A caminhada só durou 10 minutos.
Então, porque é domingo e mais um dia de recolhimento, vou ser egoísta e esquecer, por umas horas, que o mundo está em guerra contra um ser tão microscópico, mas tão poderoso que os poderosos não o conseguem matar. Nem sabem nada sobre o ele!
Insisto, hoje vou ser egoísta e pensar em mim. E ficar orgulhosa porque os meus textos começam a chegar um bocadinho mais longe.
Desta vez, chegaram à Rádio Tropelias & Companhia, ao programa "Leituras Miúdas", da responsabilidade do escritor João Manuel Ribeiro que, gentilmente, me convidou para o programa de hoje que pode ser ouvido AQUI.
18 de abril de 2020
DIÁRIO DE UM TEMPO DE MEDO XXXVII
17 de abril de 2020
DIÁRIO DE UM TEMPO DE MEDO XXXVI
16 de abril de 2020
DIÁRIO DE UM TEMPO DE MEDO XXXV
E, como escreveu Fernando Pessoa, se "A morte é a curva da estrada/morrer é só não ser visto", acredito que este grande escritor e, segundo dizem todos os que o conheceram pessoalmente, um grande ser humano, será encontrado na curva de qualquer estrada, que é como quem diz, de qualquer biblioteca, de qualquer livraria.
15 de abril de 2020
DIÁRIO DE UM TEMPO DE MEDO XXXIV
14 de abril de 2020
DIÁRIO DE UM TEMPO DE MEDO XXXIII
13 de abril de 2020
DIÁRIO DE UM TEMPO DE MEDO XXXII
12 de abril de 2020
DIÁRIO DE UM TEMPO DE MEDO XXXI
11 de abril de 2020
DIÁRIO DE UM TEMPO DE MEDO XXX
Não houve as combinações com as irmãs sobre o que cada uma faz para levar para a festa em casa da mãe.
Não houve o bolo ninho de Páscoa decorado com ovos de chocolate e pintainhos.
Não houve sobremesa de colher, nem regueifa da Páscoa.
Não houve ovos de chocolate para oferecer.
Não houve flores nas jarras a lembrar a primavera.
10 de abril de 2020
DIÁRIO DE UM TEMPO DE MEDO XXIX
9 de abril de 2020
DIÁRIO DE UM TEMPO DE MEDO XXVIII
- 3º período do ensino básico e do 10ºano será à distância.
- Ensino básico com telescola na RTP Memória a partir do dia 20 de abril.
- Não haverá provas de aferição nem exames de 9ºano.
- O calendário de exames do ensino secundário foi adiado.
- Haverá atividades letivas até 26 de junho.
- Caso se verifique ser possível, haverá aulas presenciais nas disciplinas de exame de 11º e 12º anos, com todas as medidas de higienização, com uso obrigatório de máscaras por todos.
8 de abril de 2020
DIÁRIO DE UM TEMPO DE MEDO XXVII
7 de abril de 2020
DIÁRIO DE UM TEMPO DE MEDO XXVI
Hoje não te pude visitar nem deixar uma flor. Fecharam a tua morada e os afetos não podem entrar.
Não faz mal. Ainda ninguém conseguiu fechar as portas das memórias.