Pobre gaivota!
Tão perdida, abandonada.
Dificilmente resistiria sem ajuda.
A solidão acentuava-lhe o sofrimento.
Desorientada, em equilíbrio instável, grasnava aflita.
Ficou ali, quieta, asa ferida, voo impedido.
Especada no alto da falésia, procurava o bando.
Na forte ventania que soprou repentinamente, vislumbrou a oportunidade.
Agarrar-se-ia desesperadamente a algo que a salvasse, então decidiu arriscar.
Partiu nas asas do vento, deixou-se baloiçar, esqueceu a dor, relaxou.
Não era uma solução planeada, apenas um acontecimento inesperado, mas talvez funcionasse.
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