24 de maio de 2020

DIÁRIO DE UM TEMPO DE MEDO LV

Toda esta situação, vivida há mais de dois meses, está a “ser um grande bico de obra” e a deixar-nos “feitos num oito”.  Já começa a chegar-nos "a pimenta ao nariz".
“Enquanto o diabo esfrega um olho”, tudo “foi por água abaixo”, tantos projetos ficaram em "águas de bacalhau" e foi preciso dar “corda às sapatilhas” para nos reinventarmos. Confinados em casa, fizemos experiências culinárias. Há quem se queixe que está a “comer que nem um abade” e a cozinhar comidas que fazem “crescer a água na boca” só de ver as fotos. Mas, o pior é para aqueles que ficaram “de mãos a abanar”, sem emprego, sem dinheiro e sem ter o que comer. Felizmente, há gente solidária que, “de braços abertos”, “arregaça as mangas” e põe “pernas ao caminho” para ajudar.
Muita gente, eu incluída no grupo, já está “pelos cabelos” e com “a cabeça em água”. Os professores têm trabalho acrescido, com as aulas à distância e, às vezes, parece que estão “a falar para o boneco” ou a “falar com os seus botões”. As paciências “estão por um fio”! Mas, temos de pensar naqueles que têm passado as verdadeiras “passas do Algarve”, os doentes e todos os que trabalham nos hospitais. Estes, sim, têm-se mostrado “à altura” e “comido o pão que o diabo amassou”.
E estaremos todos “no mesmo barco”? Não me parece! Não estamos todos “no mesmo pé de igualdade” e é preciso pôr "os pontos nos iis”! Se uns encontraram o “negócio da China”, se uns “não têm mãos a medir” de tanto trabalho, outros estão mesmo em “maus lençóis”, “com a corda na garganta”, a “apertar o cinto” de tal maneira que até dói. “Não pregam olho” e passam noites “em claro”. E muitos vão ficar “apanhados do clima”. Empresas e comércio “às moscas” vão trazer consequências. Se há gente que é “pau para toda a colher” e aguenta firmemente, outros há que “não podem com uma gata pelo rabo” e rapidamente se “vão abaixo das canetas”.
“Arejar as ideias” ao sol parece que ajuda. Agora que o desconfinamento foi permitido e o povo saiu à rua, como se “não houvesse amanhã”, esperemos que não “fique o caldo entornado” e que esta libertação não seja “sol de pouca dura”. É um facto que todos estamos a necessitar de “desenferrujar a língua” com os amigos, porém, é preciso “andar na linha” para que o vírus não volte a “pintar a manta”.
Neste momento, o verão aproxima-se a passos largos e seria altura de fazer planos para férias. No entanto, não adianta “fazer castelos no ar”! O vírus parece que veio para ficar, está a dar-nos “água pela barba”, “leva-nos aos arames” e “deixa-nos às aranhas”. Se queremos “mudar de ares”, pensemos em “ir para fora cá dentro”, de preferência que o cá dentro seja o nosso jardim ou terraço! “Cautela e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém” para que “não nos saia cara a brincadeira”!
Somos um povo “de armas”, assim “reza a História”. Mas, santa paciência! Não “temos sangue de barata”! “Cortarem-nos as asas”, isso não! “Deixarem-nos atados de pés e mãos”, nem pensar! E, ainda por cima, com “uma mão à frente e outra atrás” deixa qualquer um “com os azeites”!
Seria “ouro sobre azul” se o danado vírus, “num abrir e fechar de olhos”, se “despedisse à francesa”, e partisse tão depressa como chegou.
“Estamos a braços” com uma situação complicada, é certo, mas não vamos “baixar os braços”, mesmo “estando em brasa”. Temos de “fazer das tripas coração” e dedicarmo-nos “de alma e coração” a um projeto que nos mantenha a saúde mental.
“Para a frente é o caminho”. E tudo isto há de “passar à História”! Não sei é quando, pois, encontrar a cura, é “como encontrar uma agulha num palheiro”. Também não sei se tudo será “fechado com chave de ouro”! Pelo que se ouve na comunicação social, o melhor será "tirarmos o cavalinho da chuva" e "esperarmos sentados" até que a coisa passe!

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