Caminhava como um autómato, cabeça longe, as pernas conduziam-na ao acaso. Uma tontura súbita fê-la encostar-se à parede. Preparava-se para continuar quando
- Precisa de ajuda?
Maria Luísa não ouve à primeira. Andou uns metros e parou. Só então se apercebeu que alguém lhe falava. Não estava habituada a que fossem gentis com ela, muito menos que lhe oferecessem ajuda.
- Precisa de ajuda?
Sim, precisava. Há meses que calcorreava a cidade, procurava emprego. Teria algum para lhe oferecer?
Frase a negrito do livro O pianista de hotel, de Rodrigo Guedes de Carvalho, pág.449
Sem comentários:
Enviar um comentário