Numa mão vai o carrinho
Na outra o papelinho
Nada poderá faltar
P’ra não ter de cá voltar.
Leite, azeite, vinho e mel
Para o pão de ló: papel
Açúcar, farinha e sal
Que lista tão trivial!
Massas, cenouras, verduras,
tomates, frutas maduras,
iogurtes, chá e café.
Vou p´ra caixa. Que banzé!
Já em casa, vamos lá,
pois então, fazer o bolo,
a receita aqui à mão.
Oh! Que grande desconsolo!
Os ovos… onde é que estão?
Desafio Escritiva nº 7 – as listas (no blogue da Margarida Fonseca Santos)
29 de abril de 2016
ENCONTRO COM ALUNOS NA ESCOLA SOPHIA DE MELLO BREYNER
Foi no dia 22 de abril. Uma conversa sobre livros e leituras, escrita, liberdade, escola e saber. Porque o tempo mudou e as vontades também. E é preciso que os jovens tomem consciência.
19 de abril de 2016
17 de abril de 2016
SOMOS NADA!!!
Não entendo como alguém se pode retirar da vida!
Talvez porque sou feliz, disseram-me!
Quem é feliz quer viver, quer prolongar cada instante mesmo que tenha de travar lutas diárias.
Hoje, do alto do meu quinto andar, depois de ter ouvido um estrondo no exterior, vi uma mulher estendida na linha do comboio.
Acabou de fumar um cigarro, esperou que o comboio se aproximasse e entregou-se-lhe. Literalmente abalroada, ali ficou estendida, horas, sozinha, debaixo de chuva, amortalhada, até que as autoridades se dignassem levá-la para terminar, com alguma dignidade, tão triste episódio.
Acabou de fumar um cigarro, esperou que o comboio se aproximasse e entregou-se-lhe. Literalmente abalroada, ali ficou estendida, horas, sozinha, debaixo de chuva, amortalhada, até que as autoridades se dignassem levá-la para terminar, com alguma dignidade, tão triste episódio.
Não sei quem é. Não sei o que pensou no momento (se pensou!). Não sei o que a levou a fazer tal ato de desespero frente a testemunhas.
Só sei que somos mesmo “bichos da terra tão pequenos”, como o escreveu Luís de Camões. Frágeis. Indefesos. Impotentes. Somos nada.
"TRAMBOLHÃO NO PASSADO" LANÇAMENTO DO LIVRO
Foi, ontem, o lançamento do livro Trambolhão no passado, no salão nobre da Junta de Freguesia de Arrifana.
É uma estória da História, escrita há alguns anos em coautoria com os alunos Nuno Ricardo Gonçalves, Gil Ramalho e Catarina Pereira, no âmbito das atividades da biblioteca escolar, a qual ganhou um prémio a nível nacional. Foi agora publicada pela Junta de Freguesia de Arrifana, com o apoio da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, a quem muito agradeço.
15 de abril de 2016
TERRA, NINHO E PATRIMÓNIO DE TODOS
Fui convidada pela Universidade Sénior de Santa Maria da Feira para captar, por palavras, um dos seus momentos culturais. O que parecia muito difícil tornou-se fácil e fluído. Bastou ouvir o violoncelo, observar a construção do ninho, sentir os fios que se enredaram e interiorizar a poesia que ali foi declamada. O ambiente criado na casa de chá Mr. Tea fez com que o texto tivesse surgido com toda a naturalidade.
Faz frio, lá fora. Chove. A chuva curiosa espreita através das vidraças como se quisesse sentir o aroma do chá sorvido devagar. Como se as gotas quisessem escorrer o frio e juntar-se à boa companhia desta família unida pelos fios que a amizade entrançou, neste final de tarde de uma primavera que não se quis juntar (talvez demorada noutras terras!).
Nesta folha, neste lápis, procuro palavras que me aqueçam. Olho em redor. Cá dentro há calor. E há uma voz que sai do violoncelo a chamar e a perguntar: que motivos teria Deus para criar a Terra?
Terra. Palavra tão pequena que tanto encerra. Mas também enterra e desterra.
Terra é ninho que esconde mistérios. É milagre. É beleza. É o local ideal para se andar espantado de existir.
Tem forma de redoma para guardar segredos.
Tem forma de nuvem, para albergar a paz.
Tem forma de ovo para acolher o silêncio.
É ninho construído, galhinho a galhinho. De verde pintado. De carinho bordado. Ninho de penas forrado. Para uns, calor, mas, para outros, dor.
Não é preciso ser pássaro para se viver num ninho. Basta ser poeta ou bailarina. Pintor ou compositor. Que é tudo o mesmo: aves cantando ao sol que aquece a Terra.
“Eu sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura”, escreveu Alberto Caeiro. Faço minhas as suas palavras. Apesar da minha pequenez, hoje tenho um tamanho “muito enorme”. Porque as palavras entraram sem pedir licença. Bem-vindas, trouxeram calor, magia.
Fim de tarde perfumado!
13 de abril de 2016
TRAMBOLHÃO NO PASSADO - LANÇAMENTO
No próximo sábado, 16 de abril, lançamento do livro Trambolhão no passado, pela Junta de Freguesia de Arrifana.
Trata-se de uma aventura vivida na época das invasões francesas, mais precisamente, durante a segunda invasão, comandada por Soult, que deixou Arrifana a arder e semeada de mortos.
A história, escrita por mim e por três ex-alunos, ganhou uma menção honrosa, a nível nacional, no concurso Grande C, vai ser, agora, publicada em livro.
4 de abril de 2016
AMANHÃ
A vida não deveria ser isto.
O despertador toca sempre à mesma hora. Toma sempre o mesmo pequeno-almoço. Apanha sempre o mesmo autocarro, vê sempre os mesmos rostos. No ateliê de costura, atende sempre as mesmas clientes. Que já estão a ficar velhas, por sinal. E novas não entram. Sabe que tem de mudar, de se atualizar, de comprar revistas modernas. Sabe que não pode continuar a fazer os modelos do século passado.
Amanhã será diferente.
Amanhã.
Desafio nº105 da Margarida Fonseca Santos, baseado na frase de Einstein "Não há maior demonstração de insanidade do que fazer a mesma coisa, da mesma forma, dia após dia, e esperar resultados diferentes.
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