10 de fevereiro de 2011

CARTA AO PRINCIPEZINHO

Arrifana, 20 de Fevereiro de 2005
Querido Principezinho:

Pelo sonho é que vamos?

Pelo sonho,
pela fé num mundo melhor,
pelo amor,
é por aí que vamos.

Partimos
ao encontro do espaço encantado
onde a linguagem ainda não é fonte de desentendimentos.
Onde há tempo para olhar uma flor,
a tua flor que cuidas, proteges
e amas.

É esse amor que nos faz falta!
Vem de novo ao nosso planeta
mostrar às pessoas o quanto são ridículas,
mesquinhas,
egoístas,
materialistas.
Vem falar com elas. Ensina-lhes o que a raposa te ensinou.
Mostra-lhes o significado de cativar,
mostra-lhes o que é dar,
mostra-lhes o que é amar.

Ensina-as a olhar as estrelas.
As únicas estrelas que perseguem são fúteis…
e não brilham – a futilidade não brilha –
e não amam.

Fá-las ver o absurdo em que transformaram o mundo.
Porque exploram,
discriminam,
rejeitam,
e não amam.
Porque enganam com palavras gastas,
com gestos consumidos,
com corações que não sentem
e não amam.
Porque fazem a guerra,
matam,
matam-se
e não amam.

Querem fazer leis,
querem mandar,
não querem obedecer
nem amar!

Vem de novo,
ensinar o significado de amar.


Um beijo, até breve
uma fã